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Cacciola, dono de hotel em Roma, pode ter liberdade condicional em julho
26/06/2011

Transferido em fevereiro deste ano para o Instituto Penal Plácido de Sá Carvalho, no Complexo Penitenciário de Gericinó (Bangu), o ex-banqueiro Salvatore Alberto Cacciola, de 67 anos, tem uma rotina muito diferente de outros condenados do país. O ex-foragido número 1 da Justiça brasileira, que cumpre pena de 13 anos de prisão pelos crimes de gestão fraudulenta e desvio de dinheiro público, tem na nova cela acesso a uma televisão de 20 polegadas, compartilhada com outros 15 presos, além de jornais e revistas. E desfruta de mais autonomia do que na Penitenciária Pedrolino Werling de Oliveira (Bangu 8), conhecida como o presídio dos VIPs, onde ficou preso do fim de 2008 até fevereiro passado. A porta de aço da cela fica aberta das 8h às 18h, período em que ganha direito de circular nas dependências do presídio, que tem cantina e uma quadra de futebol de salão.

Na nova rotina, Cacciola aguarda uma decisão da Justiça do Rio sobre seu pedido de livramento condicional para as próximas semanas, que pode lhe dar o direito de cumprir em liberdade o restante da condenação. Para ter o benefício, seus advogados darão entrada amanhã a um pedido de comutação (redução) de pena do ex-banqueiro. Esse pedido vai ser feito com base no decreto presidencial 7.420, de dezembro de 2010, que reduz em um quarto a pena de condenados com mais de 60 anos que não tenham praticado crimes hediondos.

Se conseguir uma decisão favorável, o ex-dono do Banco Marka sai da prisão ainda como sócio de um hotel quatro estrelas em Roma, o Fortyseven, que tem diárias de 400 por uma noite na suíte deluxe. No hotel, quem quer somente admirar a beleza do ambiente, com uma ótima coleção de quadros e esculturas de artistas italianos modernos, ou a vista espetacular do terraço do prédio, entre a colina do Campidoglio e a Bocca della Verità, tem uma opção mais em conta. Paga 70 (por pessoa) no restaurante Circus, onde o jovem chef Vito Grippa prepara pratos mágicos da cozinha mediterrânea.



Fonte: O globo- www.oglobo.com.br