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As últimas ligações que a modelo Luana Rodrigues de Souza, 20, desaparecida desde o dia 9 de maio na favela da Rocinha, em São Conrado (zona sul do Rio), já foram identificadas pela polícia. A assessoria não confirmou os detalhes do conteúdo.
Mais cedo, a Delegacia de Homicídios, que investiga o caso, confirmou que Luana seria "mula", nome atribuído a quem transporta drogas. A jovem levava a mercadoria da Rocinha para outras favelas. Os traficantes acreditavam que a beleza da modelo ajudava a não levantar suspeitas do envolvimento dela com o crime.
O tráfico da favela é controlado por Antonio Francisco Bonfim Lopes, o Nem, um dos criminosos mais procurados pela polícia do Rio.
A jovem foi vista pela última vez perto de casa, na Vila Canoas, em São Conrado. Os policiais não descartam a possibilidade dela ter sido morta por traficantes da favela.
Em depoimento à delegacia no dia 19, uma amiga de Luana disse que a jovem "foi chamada para se encontrar com bandidos da favela da Rocinha".
Ela costumava frequentar a favela para visitar amigos e participar de concursos de beleza. "Não fica preocupada, não. O máximo que pode acontecer comigo é eu voltar sem cabelo", brincou Luana, numa conversa pelo telefone com essa amiga antes de ir para o local.
A mãe de Luana, Suili Rodrigues Rosa, contou à polícia que, no dia do desaparecimento, ligou várias vezes para o celular da filha, mas não obteve resposta.
Rosa disse acreditar que a modelo teria ido mesmo para a Rocinha naquele dia, mas negou saber de envolvimento da moça com traficantes. Ela afirmou ainda que chegou a procurar a jovem no Hospital Miguel Couto, no último dia 13.