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Racismo Ambiental e Racismo Energético
Por: Sandro Caldeira
Nos últimos anos, o termo racismo estrutural ganhou destaque sendo definido como a discriminação racial que está enraizada em nossa sociedade, e a discussão ajudou para que este tema ganhasse recortes em diversos segmentos onde antes a questão racial era praticamente ignorada.
A partir dessa análise, podemos falar em terminologias, tais como: Racismo Ambiental e Racismo Energético.
O termo Racismo ambiental, surgiu nos Estados Unidos no final da década de 1970 a partir dos movimentos de luta por justiça ambiental e pode ser definido como a distribuição injusta dos recursos e riscos ambientais entre diferentes grupos étnico-raciais.
Se formos considerar a variante racial, onde é que nós encontramos a maioria da população negra? Qual é a composição racial dos bairros que são mais afetados pela poluição, pela contaminação, pelo lixo e pela falta de acesso à energia? Isso está distribuído de forma injusta e tem um componente racial fortíssimo que vem historicamente sendo negado”.
No Brasil, os primeiros casos de racismo ambiental começaram a ser denunciados ao final da década de 1980, graças a estudos de casos isolados, sobretudo no Rio de Janeiro. Em 2001, foi fundada a Rede Brasileira de Justiça Ambiental, no campus da UFF (Universidade Federal Fluminense).
Já o termo Racismo Energético refere-se a distribuição injusta dos recursos energéticos de qualidade com base em questões raciais.
Se observarmos quais são as regiões que recebem a energia mais precária ou então, quais bairros possuem pior iluminação pública, veremos que a população negra está presente em sua maioria.
Entender essa realidade e atuar para que uma real mudança ocorra, faz parte de uma sociedade que busca mudança, que luta por um tratamento igualitário, sem que a cor da pele possa repercutir de forma negativa.
Você já parou para pensar sobre isso?
Fonte: sandrocaldeira.com